Como os Anjos de ruivo olhar,
À tua alcova hei de voltar
E junto a ti, silente vulto,
Deslizarei na sombra oculto;
Dar-te-ei na pele escura e nua
Beijos mais frios que a lua
E qual serpente em náusea fossa
Te afagarei o quanto possa.
Ao despontar o dia incerto,
O meu lugar verás deserto,
E em tudo o frio há de se pôr.
Como os demais pela virtude,
Em tua vida e juventude
Quero reinar pelo pavor.
Charles Baudelaire
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
as partes
uma parte de mim é medo, outra é destemida,
uma é louca, outra reprimida
uma parte é descaso, outra é deslumbre
num dia é batom vermelho, noutro me escondo num casulo
as vezes quero marcas de biquini, depois acho tudo vulgar
mudo a cor do cabelo pra me testar
me enxergando vejo o outro
e vendo o outro me confundo
me exibo, depois desgosto
destemida, busco forças pra recomeçar
uma é louca, outra reprimida
uma parte é descaso, outra é deslumbre
num dia é batom vermelho, noutro me escondo num casulo
as vezes quero marcas de biquini, depois acho tudo vulgar
mudo a cor do cabelo pra me testar
me enxergando vejo o outro
e vendo o outro me confundo
me exibo, depois desgosto
destemida, busco forças pra recomeçar
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
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