terça-feira, 29 de julho de 2008

Fernando Gabeira fala que eu te escuto

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Lábios na Tela

eu olho as cores dos lábios na tela, e fico tentando lembrar da cor dos seus.
e surge a nítida imagem do seu rosto friu vindo na direção do meu.
sinto a maciez dos teus lábios que um dia foram somente meus, mas não sei definir com exatidão o tom.que em momentos é tão cor de cereja e em outros é tão branco como seu rosto.
tua mão escorregava pelo meu corpo e logo afastava meus cabelos dos ombros e da face embreagada de você. sem tirar teus lábios dos meus.
a cor eu posso não saber esclarecer, mas o gosto dos lábios seus colado nos meus eu não consigo esquecer.
e mesmo com uma péssima rima, eu lutaria por você.
ou mesmo com uma péssima rima eu cansei de você.

Programa de TV

escritório/dia.
Marcelo está em frente ao computador, e Carol ao seu lado mexendo numa pilha de papéis.

Carol: lembra da Kátia Cega?!
Marcelo: Kátia Cega?
Carol: cantora dos anos 80 que era cega.
Marcelo: Não.
Carol: Aquela que sempre ia no programa da Xuxa.
Marcelo(vira-se para Carol): eu Assistia Cultura.
Carol(ri cinicamente e um pouco deslumbrada): desculpa.
Marcelo: ela ia no Ra-Tim-bum?!
Carol: será que ela é amiga do Marcelo Tás?!
Marcelo: ahh então acho que sei sei, ela foi no CQC.
Carol: sérioo?! ahh não pode ser. que dia? eu sempre assisto.
Marcelo: Sério , foi aquele baixinho que fez a entrevista com ela, não é uma cega? com nome de Kátia?
Carol: é.
Marcelo: então sei sei.
Carol: ai marcelo tu estás mentindo, que idiota.
Marcelo: Claro que não, eles até lembraram de quando ela ia no rá-tim-bum, eu até lembrei depois
Carol: hahahahaha Dúvido que ela ia no Rá-tim-bum. eu gosto do Marcelo Tás.
Marcelo: é o Nome.
Carol:aham
Marcelo: dificil é você não gostar de alguém.
Carol: tu acha?
Marcelo: Acho.
Carol: é díficil mesmo, a pessoa tem que ser muito chata mesmo, mas por exemplo eu não gosto do gugu.
Marcelo: Ahh o Gugu é tão legal, e olha que fofo esse nome Gu Gu, lembra até a infancia.
Carol: nem lembra.
Coisas que lembram a infância são boas né.
Marcelo: Muito.
Carol: tu já assistiu os incompreendidos?
Marcelo: não.
Carol: lembra que esses dias que tu tinhas me perguntado se algum filme mudou a minha vida, e eu falei que sim ...
então esse mudou a miha vida, a minha vida mudou depois .
Marcelo: a sua vida mudou depois , mudou a sua vida!!
Carol: é.
Marcelo: eu gosto do jeito que vc fala.
Carol: Como?
Marcelo: Assim engraçada.
Carol: hummm.
Marcelo: quando eu te conheci eu te achei doce, mas depois ao longo do assunto naquela mesa de bar fui te achando sarcástica.
Carol: que horror, eu estava realmente num momento ácido.
Marcelo: depois da segunda cerveja vc começou a falar mais e qto mais falava mais sarcástica e doce ficava.
Carol: Nossa e eu te achei tão leve, e são sereno, e depois te vi caminhando , com o corpo meio solto e o vento mexendo seus cabelos e tu parecia andar no ritmo da música do seu i-pod. parecia um filme do Truffaut.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Credo

Carol: A tua mãe é de que religião?
Marcelo: Ah minha mãe é é Ateu, é , Atéia se fala assim ?
Carol:
Atéia?! Acho que sim.
E o Teu pai?
Marcelo: Ahh o meu pai é psicanalista, a religião dele é Freud, não é assim?!
Carol: é, E tu Marcelo?!
Marcelo: Eu Acredito em TUDO.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Carol

Carol saiu de casa com sono, sentiu a pressão baixa, sentiu cansaço e uma vontade imensa de voltar para casa e fazer seus afazeres domésticos. mas continuou seu trajeto, os cachorros das casas vizinhas por onde passava não latiram.
Pegou um metrô,eram três horas da tarde. Chácara Klabin.
desceu na Consolação.
desceu a Rua Augusta devagar, olhou vitrines.
Provou chapéus, um senhor lhe atendeu e quando ia arrumar o chapeu emsua cabeça sentia o cheiro de chocolate, ele provavelmente tinha acabado de comer.