as vidas passam por aqui, e assim penso nas vidas que me geraram, nos meus dois bonitinhos que hoje levam a vida a dois, na eletricidade marota da minha mãe, e no eterno caboclo pai, eles ali tão juntos e tão sós ao mesmo tempo, tão responsáveis ,tão cheios de garra, e tão simples, ela fazendo a comida dele, e ele cansado do trabalho, ela zelando pelas coisas e ele tão dedicado ao trabalho,depois de tantos "arranca rabos" depois de tantas brigas e ciúmes e dores e verdades, parece que a desconfiança passou, a maré acalmou e eles levam a vida tão dedicada um ao outro, eles são tão juntos que me preocupa, outro dia minha mãe me falou pelo msn" então vou pra aí, vou me emancipar do teu pai , eheheheh" logo na sequencia a outra frase era " já volto vou ali ver o café pro teu pai" ...
essa dedicação entre eles me faz bem,
e esse amor me preocupa , tenho medo da perda, e senti dor quando vi meu tio vendo a foto do meu outro tio que já faleu quando eu tinha 10 anos, já fazem 18 anos, essa é uma dor que nunca passa, a dor da perda de uma pessoa amada, e acho até que de uma certa forma algumas pessoas amadurecem mais cedo com algumas perdas, quando elas tem contato direto com a morte, isso é triste, mas eu acho.
nem precisa dizer que eu tenho medo da morte, não a minha (egoísta talvez) mas das pessoas que me geraram, e que ainda merecem tanto mais de mim .
confuso tudo isso, mais confuso ainda é o meu peito quando dói, as lágrimas caem mesmo que eu não queira... elas existem, pior é quando eu as seguro, isso sim faz um mal tremendo.
como eu sou chorona.
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