Ana Cristina Cesar se matou no dia 29 de outubro de 1983, se jogou do sétimo andar, li uma crônica do Mário Prata que falava sobre ela, então fiquei curiosa e fui em busca de seus textos, de fato ela era muito verdadeira, nada mais verdadeiro que a morte, a morte é somente tão verdade quanto o nascimento, a morte é pálpavel como a vida, o corpo gelado, os orgãos parados, um corpo simplesmente, tudo ali existe, um coração, um pulmão, uma bexiga, um útero, sem vida, a vida grita quando nasce coberta de sangue feminino.
Diz Mário Prata que Ana Cristina era uma pessoa apaixonante, conta que dormiram juntos, e ela sugeriu dormir com ele sem compromisso. Ana Cristina fala tanto da sua intimidade, de uma forma tão direta, por hora tão seca , (não, isso não é no sentido pejorativo não) por hora tão sem medo de ser mulher, ao mesmo tempo tão homem, mas delicada e tão funebre. Ela não tinha medo, mas optou pela morte. Que vontade é essa de determinar seu tempo?! Esse Planejamento, essa determinação que em segundos - Morre aos 31 anos.
2 comentários:
Gostei muito. Adoro Ana C.
Tenho a primeira versão de Inéditos e Dispersos, livro póstumo, que só se acha em sebo.
Se puder, visite meu blog:
frankpale.blogspot.com
Se não, tudo bem. O que eu queria mesmo era registrar que gostei do post.
Até.
intiresno muito, obrigado
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