quinta-feira, 24 de abril de 2008


Ana Cristina Cesar se matou no dia 29 de outubro de 1983, se jogou do sétimo andar, li uma crônica do Mário Prata que falava sobre ela, então fiquei curiosa e fui em busca de seus textos, de fato ela era muito verdadeira, nada mais verdadeiro que a morte, a morte é somente tão verdade quanto o nascimento, a morte é pálpavel como a vida, o corpo gelado, os orgãos parados, um corpo simplesmente, tudo ali existe, um coração, um pulmão, uma bexiga, um útero, sem vida, a vida grita quando nasce coberta de sangue feminino.
Diz Mário Prata que Ana Cristina era uma pessoa apaixonante, conta que dormiram juntos, e ela sugeriu dormir com ele sem compromisso. Ana Cristina fala tanto da sua  intimidade, de uma forma tão direta, por hora tão seca , (não, isso não é no sentido pejorativo não) por hora tão sem medo de ser mulher, ao mesmo tempo tão homem, mas delicada e tão funebre. Ela não tinha medo, mas optou pela morte. Que vontade é essa de determinar seu tempo?! Esse Planejamento, essa determinação que em segundos -  Morre aos 31 anos.








 

2 comentários:

francisco disse...

Gostei muito. Adoro Ana C.

Tenho a primeira versão de Inéditos e Dispersos, livro póstumo, que só se acha em sebo.

Se puder, visite meu blog:

frankpale.blogspot.com

Se não, tudo bem. O que eu queria mesmo era registrar que gostei do post.

Até.

Anônimo disse...

intiresno muito, obrigado